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FELLOWSHIP

ESTER CARRO

UNIÃO EDUCACIONAL ESPORTIVA

Quando Ester Carro, 25 anos, foi convidada para participar do Programa Fellowship da Avenues São Paulo, ela já havia procurado três escolas particulares da região, encontrando apenas portas fechadas. Ela é residente e filha de um líder comunitário do Jardim Colombo, uma comunidade extremamente vulnerável nas proximidades da escola, onde preside a União Educacional Esportiva, uma ONG que ela fez crescer a uma velocidade vertiginosa desde que assumiu o legado do pai. “Eu avisei que só exerceria essa função se tivesse o apoio de todos. Se fosse pra fazer sozinha, preferiria não assumir a responsabilidade”, explica Ester. O ambiente colaborativo pegou e o número de pessoas trabalhando com ela segue se multiplicando.

 

“Não queremos ficar esperando por iniciativas de fora, queremos oportunidades. Para falar, mostrar o que queremos. E no Fellowship, não temos medo de falar”, diz Ester. Ela se tornou uma pessoa muito importante em sua comunidade e muitas das melhorias por trás de seu trabalho decorrem do aprendizado e da troca de ideias que ela encontrou ao lado de 5 outros líderes de ONGs na Avenues. Com dois diplomas em arquitetura na mão (um de graduação, outro de mestrado), Ester começou querendo melhorar as condições das moradias em seu bairro, mas seu alcance hoje vai muito além. Durante o período de isolamento social e confinamento, por exemplo, ela centralizou todas as doações feitas por parceiros que forneceram comida, máscaras e brinquedos para sua comunidade. “As chances de essas crianças da Avenues, que estão crescendo vendo essas diferenças sociais de perto, no futuro incorporarem tudo isso em sua linha de trabalho é muito maior do que você chegar e tentar fazer um adulto enxergá-las. E isso não tem preço".

 

Ester é um exemplo perfeito do que a professora voluntária do Programa Fellowship, Julie Hutchinson, chamou de “evolução da liderança”. Um dos projetos que ela impulsionou na comunidade virou um movimento: o Movimento Fazendinhando. O objetivo original de transformar um lixão abandonado em uma área pública comum para o bairro floresceu e se desdobrou em um espaço para cultivar os talentos e habilidades de membros da comunidade por meio de ateliês, que, por sua vez, culminaram em um festival de arte e cultura que atraiu a atenção internacional de pesquisadores do MIT e da Universidade de Harvard. Tudo isso porque a comunidade colocou a mão na massa e foi além da inação do governo em sua região. E isso pode ser apenas a ponta do iceberg.

 

Visite:  fazendinhando.org

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