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FELLOWSHIP

RICARDO MACÉA INSTITUTO REMO

MEU RUMO

“Todos vivemos desafios em algum momento de nossas vidas, seja na saúde ou na família, no financeiro ou no profissional. Nessa hora, precisamos ter energia, resiliência e capacidade de enfrentar as adversidades. A pessoa com deficiência [PCD] vive isso 24 horas por dia, 7 dias por semana. Ela luta todos os dias para se locomover, sair da cama, se vestir. Tem uma dependência grande de outra pessoa. Eu sei disso porque meu pai é PCD, e ele me inspira pelo protagonismo que teve na vida enquanto enfrentou as adversidades.” O depoimento é de Ricardo Macéa, fundador e diretor do Instituto Remo Meu Rumo, organização que se dedica a promover a inclusão social por meio do esporte.

 

Há sete anos, Macéa e sua esposa, uma ortopedista pediatra, tinham em mente a ideia de facilitar a transição de crianças e jovens com deficiência entre 6 e 22 anos do hospital para uma atmosfera ensolarada e ao ar livre. Firmaram uma parceria com a Universidade de São Paulo, e é lá que as aulas acontecem, na raia Olímpica da USP. Uma equipe de profissionais – incluindo fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e professores de educação física – está pronta para auxiliar os alunos com equipamentos adaptados e mostrar-lhes o caminho das pedras. O objetivo não é transformá-los em atletas de rendimento, mas, sim, estimular a prática de exercícios físicos, o ganho de força, o pensamento positivo, a construção de confiança e, basicamente, a se divertirem.

 

“No hospital, essa criança é constantemente lembrada do que não pode fazer, do que não está legal. Nós olhamos pelo outro lado. O que podemos fazer com o seu braço bom, aquele que funciona muito bem? Você muda a mentalidade dela”, explica Macéa, enquanto aponta que 20% dos alunos são cadeirantes. “Quando essa criança se senta em um barco que começa a deslizar sobre a água por sua causa do seu movimento físico, ela passa por uma transformação mental muito grande, e o que muitas vezes elas nos relatam é um sentimento forte de liberdade e autoconfiança. O sonho delas é conquistar autonomia”. E o apoio do instituto não termina quando elas saem da água. Algumas crianças foram para a faculdade graças à instituição, bem como receberam a primeira oportunidade de emprego com um parceiro da organização. Os casos de sucesso do Remo Meu Rumo são contados aos montes. “O que mais fazemos é criar pontes para essas crianças. E foi isso que fizemos no Programa Fellowship da Avenues São Paulo. Aprendemos com nossos pares. Desaceleramos da correria do dia a dia para compartilharmos nosso conhecimento. Apostamos na liderança social.”

 

Visite: remomeurumo.org.br

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