RAFAEL MARETTI

BASE COLABORATIVA

Rafael Maretti conta que não foi um rompante romântico que o levou a deixar uma carreira de advogado para começar uma ONG. Não foi bem isso. Foi muito mais uma decisão racional, “um esforço intelectual. Sempre fui questionador, então, decidi me desafiar numa espécie de provocação mental.” Pois bem. Dez anos depois, ele segue no desafio, e a Base Colaborativa, uma organização com sede em São Paulo, se espalhou para outras nove cidades. Como fundador e chefe da iniciativa, Maretti ingressou no Programa Fellowship da Avenues São Paulo atraído, em parte, pelo alcance da renomada escola internacional. Fazia sentido, já que as ações de sua ONG se estendem por diversos campos, sendo a educação um de seus eixos principais. “Oferecemos cursos com conteúdo que consideramos importante para a formação de pessoas mais conscientes, como a comunicação não-violenta, Teoria U, educação socioemocional para crianças e, ao mesmo tempo, somos uma espécie de hub que começou como um think tank”, ele tenta resumir.

 

Mas, em realidade, é mais que isso. A sede da Base era um ponto de encontro e celeiro para inovações antes da imposição de medidas de isolamento social, e suas ações também abrangem o desenvolvimento de projetos, o apoio ao empreendedor de periferia e projetos na Amazônia. “É um lugar e um nome que as pessoas associam à inovação social, tanto em termos mais práticos quanto de conteúdo”, acrescenta. A participação no Programa Fellowship foi, portanto, uma oportunidade que ele abraçou como uma nova avenida a ser explorada (sem trocadilhos). Juntar-se a um grupo, já curado, de parceiros com ideais semelhantes e experimentar novas soluções para os desafios que ainda enfrenta foi “um respiro, uma oportunidade de poder olhar a organização de fora, de me nutrir”, ele conta. Alguns fellows do programa já participaram de cursos na Base, com outros ele cruzou em outros cantos e, de modo geral, o relacionamento entre eles cresceu em confiança mútua ou se aprofundou, ou ambos. Nem precisa dizer mais nada, Maretti.

 

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